Quem nunca ouviu da avó que manga com leite faz mal? Ou que cenoura faz bem para a vista? Essa e outras crenças fazem parte da rica cultura alimentar brasileira, uma expressão da identidade de um povo. A cultura alimentar abraça o conjunto de práticas, saberes históricos, culturais, ambientais e territoriais que permeiam a alimentação, englobando desde o cultivo até o descarte dos alimentos.
Hábitos e Tradições Alimentares
Catar feijão, saborear o tradicional pão com manteiga acompanhado de café pela manhã, o indispensável arroz e feijão no almoço e jantar, a quinta-feira do macarrão e a feijoada de sábado são emblemas da cultura alimentar do Brasil. Mas essa riqueza cultural ultrapassa as fronteiras nacionais e se diversifica entre nacionalidades, religiões, gerações e até mesmo no gênero.
Ao olhar para a gastronomia mundial, notamos a influência dos recursos naturais nos costumes alimentares de cada região. Na Itália, por exemplo, predomina o uso de azeite, vinho e temperos frescos; no Brasil, destaca-se a versatilidade da farinha de mandioca; enquanto no Japão, o consumo de peixe, algas e soja é parte essencial da dieta.
O desafio do radicalismo na nutrição
Contudo, a crescente busca por uma alimentação saudável tem levado, muitas vezes, ao abandono desses hábitos culturais, em favor de tendências que promovem alimentos “milagrosos” ou rotulam outros como vilões, distorcendo a verdadeira essência do que é ser saudável.
Além de atender às recomendações nutricionais, é fundamental que os planos alimentares respeitem as características culturais de cada indivíduo. Uma dieta verdadeiramente saudável satisfaz não apenas as necessidades físicas, mas também as emocionais e culturais.
Entender a interação entre cultura e alimentação é vital para que nutricionistas forneçam um atendimento que respeite as tradições alimentares dos pacientes, integrando essas práticas em suas recomendações nutricionais de maneira que influenciem escolhas alimentares, hábitos de compra e padrões de consumo.
Como forma de se informar e integrar esses conhecimentos em sua prática, nutricionistas podem recorrer a recursos como o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia de Alimentação Regional do Ministério da Saúde, que valoriza alimentos locais e suas safras.
A cultura alimentar é um elemento essencial na construção de práticas alimentares saudáveis e sustentáveis, representando não apenas a herança de um povo, mas também a possibilidade de criar pontes entre tradição e inovação na nutrição. Respeitar e valorizar essa cultura é o caminho para promover uma alimentação que nutra corpo, coração e mente.
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