Contaminantes em alimentos: uma análise com base na ciência e na nutrição

 Os contaminantes em alimentos constituem parte dos famosos perigos químicos e são substâncias de natureza orgânica ou inorgânica com potencial […]


 Os contaminantes em alimentos constituem parte dos famosos perigos químicos e são substâncias de natureza orgânica ou inorgânica com potencial toxicidade à saúde humana, dependendo da quantidade ingerida e de características individuais como o peso corpóreo.Por sua importância na saúde, se torna um tema relevante de análise com base na ciência, e quanto ao posicionamento e papel de cada um, inclusive do nutricionista enquanto profissional de saúde. Que fatores podem estar associados à contaminação de alimentos? A contaminação de um alimento pode ocorrer ao longo de toda a cadeia produtiva e pode estar associada a vários fatores, incluindo:Questões ambientais, como a presença de poluentes no ar, no solo e na água;Características da matéria-prima alimentar, como a presença natural de microrganismos ou substâncias tóxicas em vegetais e animais; ouTecnologias e insumos usados na produção, que podem alterar substâncias presentes nos alimentos em formas com potencial tóxico ou transferir compostos com este potencial.Tais substâncias não são adicionadas intencionalmente aos alimentos.Na maioria das vezes, a contaminação pode ser evitada ou reduzida pela adoção de práticas agrícolas e de produção adequadas. Inclusive, o foco das boas práticas é a minimização deste risco. Como funciona o processo de análise do risco de contaminantes em alimentos? De acordo com o “Food safety risk analysis – A guide for national food safety authorities” da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a análise do risco é baseada em ciência e contribui para a melhor tomada de decisão pela autoridade sanitária referente à segurança de alimentos. O processo de análise de risco é constituído de três elementos:Avaliação do risco, que é a etapa totalmente científica.Gerenciamento do risco, que se trata do processo que avalia as políticas alternativas com base nos resultados da avaliação do risco, visando a proteção da saúde dos consumidores e a promoção de práticas comerciais justas.Comunicação do risco, que constitui a troca interativa de informações entre os envolvidos na avaliação e gerenciamento dos riscos, consumidores e outros interessados. O gerenciamento do risco sanitário é papel que compete aos órgãos reguladores, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a autoridade federal responsável pelo estabelecimento de limites de contaminantes nos alimentos no Brasil.Para este processo de fixação de limites, a Anvisa adota as metodologias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mundialmente reconhecidas por especialistas e autoridades de saúde estrangeiras. O papel de cada um sobre os contaminantes em alimentos A saúde e o seu acesso aos serviços relacionados são um direito humano e uma preocupação da sociedade, que devem ser assumidas pelos órgãos competentes.Quando se orienta o consumo de hortaliças e frutas nas refeições há o pressuposto de que o benefício será maior do que o prejuízo.Portanto, é fundamental que a população e os profissionais de saúde exijam que a legislação para a produção de alimentos seja respeitada e fiscalizada pelos órgãos governamentais desde o seu plantio, ao invés de mudar as orientações.É responsabilidade governamental a implementação de legislação mais rígida para o uso de pesticidas em alimentos, e na industrialização dos mesmos, com troca do tipo de embalagem, que poderia evitar a contaminação da água dos rios e mares, como solução para um futuro mais saudável. No Brasil, a ANVISA, órgão do governo federal, tem como função garantir que os alimentos que chegam à população sejam seguros, independentes das inovações tecnológicas que sofram. Antes de aprovar um produto, ou alimento para consumo, a ANVISA verifica os riscos potenciais e, só após essa comprovação, é liberado para consumo.Entre outras atribuições avalia, a longo prazo, os riscos do novo produto ou alimento, para a população. Como o nutricionista, enquanto agente de saúde, pode contribuir para a mudança quanto aos contaminantes em alimentos? Nutricionista, o acesso ampliado à informação e a divulgação dos efeitos desses contaminantes na saúde é importante para que o consumidor passe a questionar o que consome e modifique seus hábitos, na medida do possível.Considerando para tal, uma alimentação saudável, com alimentos orgânicos, hortas caseiras e alimentos feitos com produtos minimamente processados, voltando às raízes ancestrais e alimentando o corpo e o espírito com saúde e prazer.Se posicionar, cobrar as autoridades, conscientizar seus pacientes e a quem estiver ao seu alcance, e promover ações educativas com orientações sobre o tema já faz parte do caminho para a mudança e melhores resultados futuros quanto aos contaminantes em alimentos.Você já faz a sua parte, Nutricionista? Referencias BibliográficasContaminantes em alimentos: o que vem por ai na Agenda Regulatória da ANVISA? [Internet]. FOOD SAFETY BRAZIL, 07 maio 2019. [acess em 22 nov 2021]. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/titulo-contaminantes-em-alimentos-o-que-vem-por-ai-na-agenda-regulatoria-da-anvisa/?cn-reloaded=1Contaminantes em alimentos [homepage na internet]. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, 08 jun 2021.[acesso��em 22 nov 2021]. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/alimentos/contaminantesContaminantes em alimentos e orientação nutricional: reflexão teórica [homepage na internet]. Rev. salud pública, 2017 [acesso em 22 nov 2021]. Disponível em: https://scielosp.org/article/rsap/2017.v19n4/574-577/pt/. 


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