O Povo Yanomami está vivenciando uma crise humanitária e sanitária, e o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) não poderia deixar de trazer o seu posicionamento a respeito.E com intuito de ampliar o alcance da publicação do Conselho entre os nutricionistas, visto a importância de estarmos atualizadas nas notícias que envolvem nossa profissão, trazemos hoje na Academia uma discussão simples sobre o posicionamento.Posicionamento do Conselho Com objetivo de contribuir para a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável e com a Segurança Alimentar e Nutricional da sociedade, o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) publicou, no dia 23 de Janeiro de 2023, uma nota com seu posicionamento oficial sobre a situação do povo Yanomami. De acordo com reportagem exibida no programa televisivo “Fantástico”, a população tem registrado elevada incidência de malária, pneumonia, desnutrição e contaminação por mercúrio como consequência do garimpo ilegal. Na nota, o CFN trouxe que os indicadores nutricionais mostraram déficits de altura e peso em crianças de até 5 anos, ao mesmo tempo que a obesidade prevalece entre adultos. Dados da Unicef em parceria com a Fiocruz mostram que a cada 10 crianças Yanomamis menores de 5 anos, 8 delas estão com desnutrição crônica.Os povos indígenas tinham atividades como agricultura, caça, pesca e coleta de ingredientes como maneira de se sustentarem. Entretanto, as alterações ambientais que estão ocorrendo em suas terras têm dificultado as formas tradicionais de obterem alimentos, o que compromete a segurança alimentar destas pessoas.Por fim, o CFN posiciona-se a favor das ações emergenciais que estão sendo realizadas para garantir uma assistência ao povo Yanomami, e se mostra contra a exploração ilegal do garimpo. E as notícias mais recentes sobre a crise Indígena? A Polícia Federal, o Ibama, a Funai e o Ministério da Defesa estão planejando operações para combater o garimpo ilegal. Somado a isso, o Ministério da Saúde tem direcionado equipes de saúde e recrutado médicos, enfermeiros e nutricionistas voluntários para atuarem especificamente nesse território.Durante o mês de fevereiro foram realizados mais de 5 mil atendimentos aos indígenas da reserva e, dentre as crianças acompanhadas, 78% delas evoluíram do quadro de desnutrição grave para moderada.Ainda há muito a se fazer, mas já é possível ver alguns dos frutos que um bom acompanhamento multidisciplinar é capaz de promover.E você, nutri? Tem acompanhado o cenário atual dos nossos povos originários? Comente aqui o que achou do posicionamento do CFN. ReferênciasConselho Federal de Nutricionistas. Nota CFN Yanomami. Brasília (DF): CFN; 2021. Disponível em:
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