Fórmulas Infantis: Tudo que Voc�� Precisa Saber

Saiba quando o aleitamento materno não é possível e como escolher a fórmula infantil certa para seu bebê, com orientações e dicas de marcas recomendadas.


Fórmula infantil, leite em pó, composto lácteo, leite de vaca modificado… São tantas opções disponíveis no mercado que fica fácil de se perder dentre tantas possibilidades!   

Nutri, você saberia dizer qual destes produtos seria o mais adequado para os casos em que o aleitamento materno não seja possível?  

Mesmo para quem não atende o público materno-infantil, é importante conhecer o que a indústria oferece e assim poder orientar melhor os pais que vierem com perguntas. É por isso que o conteúdo de hoje da Academia da Nutrição foi pensado para ajudar nas suas dúvidas sobre o assunto!  

Começando pelo começo: como saber quando o aleitamento não pode ocorrer? 

Sempre que possível, incentive o aleitamento materno! 

Mas existem situações em que não é possível que a mãe amamente ou ordenhe o leite, em que ela está ausente ou que sua produção de leite esteja reduzida. Por conta disso, é de extrema importância uma avaliação multiprofissional que considere aspectos biológicos, mas também sociais e psicológicos! 

De acordo com o Ministério da Saúde, nos seguintes casos o aleitamento não é indicado: 

  • Mães infectadas por HIV, HTLV1 e HTLV2; 
  • Uso de algum fármaco incompatível à amamentação. Para acessar a listagem existente, consulte o manual “Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias” clicando aqui
  • Criança diagnosticada com galactosemia.  

Existem também circunstâncias maternas nas quais o aleitamento é apenas temporariamente contraindicado. São elas: 

  • Infecção por herpes com feridas ocorrendo nas mamas; 
  • Varicela; 
  • Doença de Chagas quando na fase aguda; 
  • Uso de drogas de abuso por parte da mãe. Entretanto, este item requer avaliação dos profissionais de saúde que acompanham a família em questão que considere a relação de custo versus benefício. 

Ainda, há casos de dificuldades no ato em si de amamentar, como por exemplo mães que possuem bico do seio plano ou invertido, leite empedrado, fissuras nos mamilos e seios ingurgitados. Entretanto, são problemas possíveis de serem resolvidos com o auxílio de enfermeiros, obstetrizes, doulas, consultores de amamentação e outros profissionais especialistas. 

Entendendo as diferenças entre os produtos 

Na ausência do leite materno, ou de maneira complementar a ele, as crianças menores de 6 meses de vida devem ser alimentadas pelas fórmulas infantis. Este é um grupo de produtos regulamentado pela ANVISA e desenvolvido a partir de modificações do leite de vaca específicas para atender às demandas infantis.   

O leite em pó é obtido a partir do leite líquido, normalmente de vaca, que é desidratado para remover a água. É uma fonte concentrada de proteínas e cálcio, e pode ser reconstituído em leite líquido adicionando água. 

Já o composto lácteo, é uma mistura à base de leite que a ela foram adicionados outros ingredientes, como gordura vegetal, açúcar e aditivos alimentares. Para ser considerado lácteo, deve conter ao menos 51% de leite em sua composição 

Embora seja frequentemente utilizado como um substituto mais barato para o leite em pó ou para a fórmula infantil, possui um valor nutritivo inferior e não deve ser consumido por crianças menores de 2 anos de idade. 

Por fim, o leite de vaca modificado nada mais é que o leite de vaca integral que passou por alguma modificação, com o objetivo de atender demandas alimentares específicas em diferentes ciclos da vida.  

É possível enriquecer o leite com micronutrientes, remover lactose, reduzir gordura, adicionar proteína, diluir em água, dentre outras alternativas já existentes.  

Os principais tipos de Fórmulas Infantis 

Antes de realizar a prescrição das fórmulas infantis, é preciso realizar uma avaliação completa realizada por profissionais como nutricionistas e pediatras, a fim de que seja prescrito o tipo correto para as demandas da criança.  

Além disso, o custo é elevado e muitas famílias não possuem condições financeiras de adquirir, sendo necessário um cuidado redobrado ao prescrevê-las.   

Para te ajudar nesta escolha, Nutri, a Academia da Nutrição trouxe os principais tipos de fórmulas existentes, com sugestões de marcas disponíveis no mercado. Para além destas, existem opções específicas para sensibilidades, intolerâncias e alergias alimentares, comorbidades e erros inatos do metabolismo que as crianças podem vir a ter.   

  • Fórmula láctea pré-termo: indicada para recém-nascidos de até 37 semanas de gestação e para gestações de alto risco cujo bebê nasceu com baixo peso. Sugestões de marcas: Aptamil-Pré (Danone), Pre NAN (Nestlé), Enfamil Pre Premium (Mead Johnson).   
  • Fórmula láctea para termo: indicada para bebês de até 6 meses de idade que nasceram com idade gestacional adequada. Sugestões de marcas: Aptamil 1 (Danone), NAN Comfor 1, NAN Supreme 1 e Nestogeno (Nestlé), Enfamil Premium 1 (Mead Johnson).   
  • Fórmula infantil de seguimento: indicada para bebês a partir de 6 meses de idade. Sugestões de marcas: Aptamil 2 Premium (Danone), NAN Comfor 2 (Nestlé), Enfamil Premium 2 (Mead Johnson).   
  • Fórmula de soja: indicada para bebês que possuem alergia às proteínas do leite de vaca (APLV). Sugestões de marcas: Aptamil Soja 1 (Danone), NAN Soy (Nestlé).   
  • Fórmula infantil elementar: a base de aminoácidos livres, isentas de sacarose, lactose e glúten. Sugestões de marcas: AminoMed (Merck), Alfamino (Nestlé), Neocate (Danone).   
  • Fórmula infantil semi-elementar: a base de proteína hidrolisada do soro do leite, isenta de sacarose, lactose e glúten. Sugestões de marcas: AlergoMed (Merck), Alfaré (Nestlé), Pregestimil (Mead Johnson), Pregomin Pepti (Danone).   
  • Fórmula anti-refluxo: são fórmulas pré-engrossadas e que se tornam gelatinosas no estômago do bebê, indicadas para aqueles com imaturidade do esfíncter esofágico. Sugestões de marcas: Aptamil AR (Danone), NAN EspessAR (Nestlé), Enfamil AR Premium (Mead Johnson).    
  • Aditivo para leite humano: utilizado na neonatologia, e principalmente para prematuros, nos casos em que os bebês precisam de um maior aporte calórico para auxiliar no ganho de peso e no desenvolvimento cognitivo e motor. Sugestões de marcas: Enfamil HMF (Mead Johnson), FM 85 (Nestlé).  

É sempre bom lembrar que…  

Até os 6 meses de vida do bebê (para prematuros, considere a idade gestacional corrigida), o Ministério da Saúde recomenda que seja ofertado apenas o leite materno, considerado um alimento completo e que suprirá todas as demandas nutricionais e hídricas existentes.  

É apenas a partir dos 6 meses, junto dos sinais de prontidão, que é indicado que se inicie a introdução gradativa de outros alimentos.   

E para quando pais e profissionais de saúde tenham dúvidas em relação à alimentação dos pequenos, o Ministério da Saúde conta com o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, um material completo que você pode conferir clicando aqui.   

Nutri, depois deste conteúdo ainda ficou alguma dúvida sobre como proceder quando receber pacientes materno-infantis?  

Comente aqui embaixo o que achou do conteúdo, e não deixe de compartilhar com seus colegas que também atendem esse público! 

Referências

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