E então seguimos hoje nossa conversa sobre Aromaterapia.
Vejo muitas pessoas com um entendimento não completo ou distorcido sobre os óleos essenciais, associando a eles apenas um “cheirinho”. Óleo essencial não é SÓ cheirinho”. Óleo essencial tem por característica ser formado por substâncias aromáticas e por isso ter um aroma geralmente notável pelo sistema olfativo, mas não para por aí.
Óleos essenciais são compostos aromáticos voláteis extraídos das plantas, extremamente concentrados. A extração, que na maior parte das vezes é feita através de destilação a vapor, pode acontecer a partir de diversas partes da planta – do caule, da flor, do fruto, da folha, das sementes, da raíz, da resina.
Cada óleo essencial pode ser formado por centenas de componentes químicos (sim, estamos falando de química orgânica) e, assim, cada um deles tem suas características próprias. Além disso, a composição do óleo essencial extraído depende de diversos fatores, como a espécie da planta, seu ambiente, a forma e o momento da colheita, a própria técnica de extração.
Explico isso logo de partida para que entendamos que o uso de óleos essenciais está diretamente ligado à interação de seus componentes com nosso organismo. E temos vários relatos do seu uso ao longo da história, como por exemplo a presença de componentes de alguns óleos essenciais em múmias, ou ainda o uso de óleos essenciais por gregos e romanos para a elaboração de perfumes e banhos aromáticos.
Já a Aromaterapia contemporânea surgiu no final do século 19, início do século 20, após um engenheiro químico francês chamado René Gattefossé isolar pela primeira vez as moléculas aromáticas da lavanda e explicar de forma cientifica seus potenciais terapêuticos. Dessa forma, a Aromaterapia é entendida como uma terapia complementar que utiliza os aromas naturais (óleos essenciais) como forma de apoiar a prevenção, o cuidado com a saúde e o tratamento de algumas doenças. Eu costumo pensar que ela é uma espécie de terapia popular, disseminada ao longo de gerações e que cada vez mais há estudos e embasamento sobre suas moléculas a ponto de nos apoiar nas decisões terapêuticas, com mais segurança.
Agora, se você ainda acha que óleo essencial é apenas “cheirinho”, está menosprezando essa potencia que a natureza nos presenteia.
E será que essência é a mesma coisa que óleo essencial?
Aguarde a próxima coluna.
Camila Guimarães
IG @camilaggp
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