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Trigo e Doença Celíaca: qual o impacto na qualidade de vida dos pacientes?

Trigo e Doença Celíaca: qual o impacto na qualidade de vida dos pacientes?
Academia da Nutrição
nov. 10 - 4 min de leitura
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Hoje, dia 10 de novembro, é comemorado o dia do Trigo no Brasil, que é o segundo tipo de cereal cultivado em todo o mundo, além de ser considerado alimento básico para fazer diversos outros.

Sabemos que o trigo acaba sendo pauta para diversos assuntos, e neste conteúdo iremos abordar a sua relação com a doença celíaca.

 

Como se caracteriza a doença celíaca?

É uma doença autoimune desencadeada pela ingestão de cereais que contêm glúten (proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e etc.) por indivíduos geneticamente predispostos.

É considerada problema de saúde pública fazendo com que o organismo apresente dificuldades para absorver os nutrientes provenientes dos alimentos.

Além do consumo do glúten e da suscetibilidade genética, é também necessária a presença de fatores imunológicos e ambientais para que a doença se expresse.

 

A doença celíaca apresenta implicações em hábitos, práticas alimentares e qualidade de vida de indivíduos intolerantes ao glúten.

 

Como se manifesta a Doença Celíaca?

A doença celíaca se manifesta por meio do contato da gliadina (uma proteína responsável pela extensibilidade de glúten) com as células do intestino delgado, provocando uma resposta imune a essa fração, com a produção de anticorpos.

O consumo de cereais que contêm glúten por celíacos prejudica frequentemente o intestino delgado, atrofiando e achatando suas vilosidades e conduzindo, dessa forma, à limitação da área disponível para absorção de nutrientes.

O aparecimento dos primeiros sintomas pode ocorrer em qualquer idade e variar entre indivíduos, inclusive no mesmo indivíduo em diferentes fases da doença, o que dificulta o diagnóstico.

 

Formas clínicas de apresentação da Doença Celíaca

 

A doença celíaca pode ter as seguintes formas clínicas de apresentação:

  • Clássica: A qual se manifesta principalmente nos primeiros anos de vida. Com sintomas como diarreia ou constipação crônica, anorexia, vômitos, emagrecimento, comprometimento variável do estado nutricional, irritabilidade, inapetência, déficit do crescimento, dor e distensão abdominal, atrofia da musculatura glútea e anemia ferropriva.
  • Não clássica: Caracterizam-se pela ausência de sintomas digestivos ou, quando presentes, ocupam um segundo plano. Apresentam-se mais tardiamente na infância. Os pacientes podem mostrar manifestações isoladas, como baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, artrite, constipação intestinal, osteoporose e esterilidade.
  • Forma latente: Identificada em pacientes com biopsia jejunal normal, consumindo glúten; diferencia-se das outras formas uma vez que, em outro período de tempo, tais pacientes podem apresentar atrofia subtotal dessas vilosidades intestinais, que revertem à normalidade com a retirada do glúten da dieta.

 

Bases do diagnóstico da Doença Celíaca

O diagnóstico da doença celíaca se baseia no exame clínico, na anamnese detalhada, na análise histopatológica do intestino delgado e na avaliação dos marcadores séricos.

O diagnóstico final deve ser fundamentado na biópsia que revela vilosidades atrofiadas, alongamentos de criptas e aumento dos linfócitos intraepiteliais.

 

O nutricionista e o tratamento da Doença Celíaca

O tratamento para a doença celíaca é fundamentalmente dietético.

A transição alimentar deve ser bem conduzida pelo nutricionista para melhor adesão do paciente à dieta, visando à melhoria da qualidade de vida, onde passa a ser um dos resultados esperados tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas para o setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças.

Segundo a Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA), os pacientes transgridem a dieta por vários motivos, dentre eles destaca-se:

  • Falta de orientação relativa à doença e ao preparo de alimentos;
  • Descrença na quantidade de produtos proibidos;
  • Dificuldades financeiras;
  • Hábito do consumo de alimentos preparados com farinha de trigo;
  • Falta de habilidade culinária para o preparo de alimentos isentos de glúten;

 

É o nutricionista que estimula a adesão ao tratamento, evita a monotonia e acompanha a ingestão alimentar.

Além disso, deve estar atento para que haja uma transição alimentar não traumática para melhor adesão à dieta.

Aderir a uma dieta isenta de glúten não influencia apenas o consumo de alimentos, mas também a qualidade de vida dos pacientes.

 

 

Referências Bibliográficas

Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida [Internet]. Rev. Nutr., 2010. DOENÇA CELÍACA [acesso em 4 Nov 2021]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/CWKQ7fDBKfF7g88gRvy4jMG/?lang=pt

10 de novembro: dia do Trigo [homepage na internet]. Agrolink, 2014. 10 de novembro: dia do trigo [acesso em 4 Nov 2021]. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/noticias/10-de-novembro--dia-do-trigo_209364.html

 

 


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