Até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e envelhecer de forma ativa é uma dica para quem quer chegar na velhice de forma saudável e sustentável. Mas, estamos prontos para a longevidade?
Para o Dia Internacional do Idoso, que tal abordar os aspectos mais importantes de uma rotina saudável?
Os 60 anos de ontem não é considerado o mesmo de HOJE. Sabemos bem que não existe mais um padrão, dado a expectativa de vida que mudou.
A idade cronológica não é mais um fator decisivo no quesito longevidade. O prolongamento do número de anos de vida, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de vida.
Contudo, viver mais significa estar vivendo com mais saúde?
Ainda falta informação adequada, acompanhamento médico para todos, e adequação à individualidade nos atendimentos clínicos.
Sabemos bem que cada individuo é único, e precisa ser visto assim. Pode parecer clichê falar de atendimento individualizado, mas muitas pessoas ainda acabam recebendo uma "receita" de gaveta.
O envelhecimento segundo a Organização Mundial de Saúde:
Se quisermos que o envelhecimento seja uma experiência positiva, uma
vida mais longa deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança.
A Organização Mundial da Saúde adotou o termo “envelhecimento ativo” para expressar o processo de conquista dessa visão.
O objetivo é melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas, e para alcançar esse objetivo a principal estratégia da OMS é a Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030.
"A criança de ontem é o adulto de hoje e o avô ou avó de amanhã." (OMS)
Mas longevidade é o que mesmo?
Está relacionada a duração da vida por mais tempo que o comum. Pode ser traduzida como um conceito de uma vida longa, com melhores condições, que permitam viver de maneira ativa e consciente, a integralidade no cotidiano.
Como conduzir a prática clinica, pensando na longevidade?
O nutricionista tem papel importante na manutenção da saúde e qualidade de vida, e claro na longevidade.
E o desempenho desse papel pode ser traduzido no atendimento:
- Acompanhando o paciente desde sempre, para que ele tenha informação adequada e alinhada às expectativas
- Trabalhando não somente o planejamento alimentar, mas considerar o paciente como um todo: vida social, espiritual, econômica, mental
- Orientando o consumo alimentar equilibrado e adequado às necessidades
- Incentivando atividade física
A alimentação pode influenciar positivamente, ou negativamente, sobre o risco de desenvolvimento de determinadas doenças.
E com o aumento da expectativa de vida, aumentou a procura da população por alimentos, nutrientes e suplementos, que de alguma forma proporcionem longevidade saudável, e previnam doenças.
A revolução da longevidade nos obriga a pensar melhor sobre o envelhecimento.
Como você, nutricionista, tem se preparado para essa demanda?
O que você pensa e faz em prol da longevidade de seus pacientes?
Referências bibliográficas:
Organização Pan-Americana da Saúde [homepage na internet]. Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030 [acesso em 29 set 2021]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/decada-do-envelhecimento-saudavel-2020-2030
Kalache, Alexandre. Uma revolução da educação em resposta à revolução da longevidade. Rev Bras Geriatr Gerontol 2019; 22(04).
Santos AAH, Oliveira AL, Kamimura QP, Oliveira EAAQ. Longevidade: tempo de escolhas. Braz J of Develop 2020 Oct; 6 (6):75204-75220.