Num mundo onde é muito debatido sobre formas de melhorar o nosso ecossistema e até a questão dos cuidados aos animais, surgiu em meados de 1990 um novo movimento: o Flextarianismo.
Tendências, são temas muito discutidos na atualidade, principalmente no que se refere à alimentação. Com a digitalização existe uma hiperconexão onde a troca é também acelerada e as notícias expandidas.
Mas o que é Flextarianismo?
O vegetarianismo - independente das distorções que sofreu no passado e sofre ainda no presente - é uma dieta de cereais, leguminosas, nozes, sementes, legumes e frutas, sem o consumo de qualquer produto de origem animal e também o veganismo, sem nenhum derivado dos produtos lácteos e ovos na alimentação.
Já o Flextarianismo, por outro lado, funde a palavra “vegetarianismo” com seu sentido distorcido (exclusão apenas da carne), com a palavra “flexível”.
Há um consumo desenfreado no que se diz respeito ao hábito de comer carne animal, onde um movimento surge para estancar essa questão.
Com todos esses dados apresentados, números crescentes de ordem mundial, que tem como questão crucial hábitos estabelecidos desde muitos séculos atrás, fica difícil interromper tais costumes.
Considerando esse conceito, a grosso modo, uma pessoa flextariana consome carne somente em alguns dias da semana.
Vide exemplo da Segunda sem carne, movimento expressivo hoje difundido no mundo, trazendo um engajamento das pessoas tanto salvando os animais como também ajudando o planeta, nosso ecossistema.
Alguns nomes que entendem bem do assunto já deixaram seu ponto de vista a respeito em outros veículos de informação, como podemos conferir nos trechos abaixo da revista Vogue:
Para Alessandra Luglio, nutricionista especialista em vegetarianismo, não existe uma regra absoluta para ser flexitariana:
“Muitos começam apenas reduzindo as porções e, aos poucos, vão fazendo menos refeições por semana com proteínas animais, deixando-as apenas para ocasiões especiais.”
Já Emma Derbyshire, professora da Faculdade de Nutrição da Universidade de Manchester, chegou a uma medida mais exata. Em um artigo recente publicado na revista científica Frontiers in Nutrition, a inglesa afirmou que:
Para se enquadrar no perfil, o consumo de carne, peixe e ave deve se restringir a três vezes por semana, no máximo.
O Flextarianismo na prática
O Flextarianismo é então uma dieta “flexível” em relação ao consumo de carne, mantendo apenas alguns dias da semana. O foco principal é investir em uma alimentação a base de vegetais, como os cereais, nozes, sementes, frutas e leguminosas.
Inclusive, para aqueles que pretendem aderir ao vegetarianismo, podem adotar o flextarianismo como estratégia inicial.
Como é para você, nutricionista, lidar nas suas consultas com esse tema?
Seria direcionada para o tema da Saudabilidade? Sustentabilidade? Segurança dos Alimentos? Segmentação crescente?
No evento ORGULHO EM NUTRIR, do dia 28/08, traremos essa temática na programação, onde será abordado o Flextarianismo no planejamento alimentar com a nutricionista Marcela Worceman.
Não deixe de participar!!
Mais informações sobre o evento aqui:
https://biobrazilfair.com.br/orgulho-em-nutrir/
REFERÊNCIAS:
- https://www.portalveganismo.com.br/artigos/o-que-e-o-flexitarianismo/
- https://vogue.globo.com/beleza/fitness-e-dieta/noticia/2018/03/flexitarianismo-o-regime-alimentar-para-quem-quer-diminuir-o-consumo-de-carne.htm
- https://www.researchgate.net/profile/Gustavo-Porpino/publication/347236635_Porpino_e_Bolfe_2020_-_Tendencias_consumo_alimentos_-_Informe_Agropecuario/links/5fd8ac7fa6fdccdcb8c9f361/Porpino-e-Bolfe-2020-Tendencias-consumo-alimentos-Informe-Agropecuario.pdf
- STUCKEY, B. 2020 consumer packaged goods trends driving food & beverage inno- vation. Forbes, Jan. 2020. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/barbstuckey/ 2020/01/15/2020-consumer-packaged-goo ds-trends-driving-food--beverage-innova tion/#719845953533.