Entre os estados emocionais que mais se destacam na atualidade estão a depressão e a ansiedade. Estatísticas mostram que mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofram com eles.
Ansiedade é a falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade, pavor depois de uma situação muito difícil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida, causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. (OMS)
Dentro desse cenário achamos interessante trazer esse conteúdo para vocês e aproveitar o bate papo que tivemos com o nutricionista Malek Toum, no evento Orgulho em Nutrir em parceria com a Natural Tech. Malek nos falou da sua prática clínica, do seu dia a dia e trouxe alguns insights super importantes para a prática do nutricionista no consultório.
Malek Toum destacou sobre a conexão que precisamos ter com o paciente. que precisamos conhecê-lo melhor.
Levantou vários questionamentos e pontos de atenção, como:
- Desenvolver um relacionamento bem próximo ao paciente: estabelecer uma conexão
- Fazer uma boa anamnese, assim teremos todas as informações importantes
- Recordatório alimentar: para entender como seu paciente tem se alimentado, conhecendo sua relação com a comida
- Exames bioquímicos analisar possíveis faltas no aporte de vitaminas e minerais
E como o nutricionista pode ajudar no contexto da depressão e da ansiedade?
Com certeza a nutrição pode – e deve - ter um lugar de destaque no tratamento, apesar de ser um trabalho multidisciplinar, onde psicólogos e médicos estarão envolvidos no processo terapêutico.
O comportamento alimentar pode ser bastante afetado, tendo em vista que as escolhas alimentares, as quantidades ingeridas e a frequência das refeições estão diretamente ligadas a tais fatores emocionais.
O que pode acarretar num desequilíbrio nutricional, gerando doenças, ou seja afetando diretamente a saúde do paciente.
Aprofundando mais no assunto, os desvios alimentares são fatores de risco para o surgimento da ansiedade intensa, causam transtornos alimentares como a anorexia e bulimia nervosa, bem como se encontra presente em casos de obesidade.
Não existe Saúde sem Saúde mental!
Procura-se atualmente também, meios eficazes de intervenção. Entre eles estão os neurotransmissores a favor do controle da ansiedade.
A serotonina é um destes neurotransmissores, sintetizada pelo triptofano, que é um aminoácido encontrado em diversos alimentos de origem animal e vegetal. Uma de suas funcionalidades é justamente o controle da ansiedade.
Entre esses alimentamos, podem ser destacados:
- arroz integral
- aveia
- peixes como salmão e atum
- amendoim
- nozes e castanhas
- leite
- queijo
- banana
- abacate
- leguminosas
- tofu
- linhaça
- ovo
- mel
Enfim, como podemos montar um plano alimentar?
Unir todas essas informações e fazer um atendimento de sucesso?
Claro que cada um vai encontrar sua maneira, mas o importante é ter o bom senso e os critérios estabelecidos na sua consulta, sempre buscando embasamento científico.
REFERÊNCIAS
1 -ARAÚJO, A. S. F.; VIEIRA, I. N. U.; SILVA, J. N. F.; FARIA, S. P.; NUNES, G. L.; KHOURI, A. G.; SOUZA, A. P. S.; MORAIS, M. C.; SILVEIRA, A. A. Avaliação do consumo alimentar em pacientes com diagnóstico de depressão e/ou ansiedade. Revista Referencias em Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás – RRS-FESGO. Goiás. Vol.03, n.1, pp. 18-26, jan./jul. 2020.
2 - BERNIK, Vladimir; LOPES, Katrini Vianna. Estresse, depressão e ansiedade. RBM rev. bras. med, v. 68, n. 3 n. esp, 2011;
3 - https://www.paho.org/pt/topicos/depressao