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Aspectos nutricionais na prevenção do envelhecimento da pele

Aspectos nutricionais na prevenção do envelhecimento da pele
Academia da Nutrição
fev. 23 - 6 min de leitura
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Prevenir o envelhecimento da pele vai muito além da estética.

Maior órgão do corpo humano, a pele é nossa fronteira entre organismo e ambiente, e exerce uma série de funções como a proteção, função estética e sensorial, além da manutenção homeostática e regulação de trocas gasosas

Com o envelhecimento, a pele vai perdendo a capacidade de exercer plenamente suas funções e ainda sofre com a diminuição da elasticidade, o que provoca maior fragilidade, perda de vasos sanguíneos, de colágeno e gordura.

Com isso, surgem as rugas, linhas de expressão e flacidez, o que acaba por externalizar não só o envelhecimento do órgão, mas também do indivíduo.

Sabendo que a pele tem importante papel na autoestima e é fortemente associada à percepção de idade, fica clara a importância de se estudar este órgão que é um dos principais protagonistas nessa construção.


 

Análise dos fatores de risco para o envelhecimento da pele: aspectos nutricionais

O estudo aqui apresentado é uma revisão bibliográfica, na qual foram feitos levantamentos nas bases de dados: SciELO, PubMed e Google Acadêmico.

A partir deste ponto, foram buscados os descritores "envelhecimento cutâneo”, “envelhecimento de pele”, “dieta”, “pele”, “nutrição” e “alimentação”, nos idiomas inglês, espanhol e português.

Por fim, foram selecionados os estudos que se encontravam no período de 2000 a 2017. 

Além disso, foram pesquisados sites de busca na internet, teses e livros técnicos. 

 

Pele: o maior órgão do corpo humano

A pele funciona como uma barreira externa do organismo e exerce funções que vão desde a termorregulação até a parte estética.

Algumas das funções de responsabilidade deste órgão, são: nutrição, pigmentação, queratogênese, transpiração, termorregulação, perspiração, defesa, absorção, síntese de colecalciferol

O órgão é, basicamente, constituído por três grandes camadas de tecido: a epiderme, derme e hipoderme.

A epiderme é a camada mais externa, constituída por um epitélio estratificado pavimentoso e cuja principal célula é o queratinócito, responsável pela produção de queratina, uma proteína bastante resistente e impermeável que tem a função de de proteção.

Também é nessa camada que se encontram os melanócitos, produtores de melanina, e células de Langerhans, importantes células do sistema imunológico que detectam a presença de antígenos. 

 

Já a derme é composta por tecido fibroso, além de possuir propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da substância fundamental que armazena e cede água rapidamente.

Por fim, a hipoderme não é exatamente parte da pele, mas ela exerce o importante papel de fixar as outras camadas aos tecidos subjacentes, além de ser um importante reservatório de energia.


 

Aspectos do envelhecimento da pele

Não existe só um processo de envelhecimento da pele!

As influências são multifatoriais, podendo ser genéticas, metabólicas, adquiridas, extrínsecas do meio ambiente, e elas vão agir de diferentes formas.

 

Em 1956, Denham Harman, observou que a irradiação em seres vivos levava à indução da formação de radicais livres, o que acabava por diminuir o tempo de vida dos seres vivos e produzia mudanças semelhantes ao envelhecimento.

Sendo assim, foi elaborada a teoria de que o lento desenvolvimento de danos celulares irreversíveis, em sua maioria provocados pelos radicais livres, leva ao envelhecimento. 

 

São radicais livres, moléculas orgânicas ou inorgânicas que contém, pelo menos, um elétron não pareado, com existência independente.

 

Tais moléculas são altamente instáveis, de curta meia-vida e quimicamente muito reagentes, e sua presença afeta de maneira crítica a manutenção de algumas funções fisiológicas básicas.

Sua formação pode acontecer por conta da exposição solar, contaminação, uso de tabaco e consumo de bebidas alcoólicas, entre outros fatores. 

 

Entretanto, a produção de radicais livres não é proveniente apenas de fatores externos: os processos metabólicos naturais do organismo também são responsáveis pela formação destas moléculas altamente instáveis.

Sendo assim, foram desenvolvidos mecanismos de proteção antioxidante.

 

A proteção que vem da nutrição: prevenção antioxidante

É definido como estresse oxidativo o desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes, que acaba por resultar na danificação celular pelos radicais livres.

E é função do sistema de defesa antioxidante inibir ou reduzir estes danos.

E, segundo o estudo, Mayne (2013) aponta que dentre os vários fatores que modulam o estresse oxidativo, temos a dieta

 

Uma vez que a alimentação é uma excelente forma de se obter compostos antioxidantes para o organismo

 

Sendo assim, uma nutrição antioxidante se faz importante à prevenção ou atenuação do envelhecimento cutâneo.

Além disso, é importante ficar atento quanto ao consumo de alguns nutrientes  como as vitaminas C, E e A, a clorofilina, o -caroteno, os flavonóides, carotenóides e curcumina, uma vez que estes são capazes de sequestrar os radicais livres de modo altamente eficiente.

Estes nutrientes são encontrados em alimentos que podem ter seu consumo incentivado com vistas a proteção do envelhecimento cutâneo, como:

  • ovos, fígado, pescado

  • vegetais de folhas verde, tomates, laranja e outras frutas

  • soja

  • cúrcuma

  • chá preto

Além destes alimentos, também podemos citar o vinho como uma fonte. Mas com cautela ao passar essa informação a um paciente, é claro.

 

A abordagem nutricional como necessária no processo de prevenção ao envelhecimento da pele

Mesmo com tanta relevância em suas funções, o cuidado com a saúde da pele não recebe tanta atenção no dia a dia, nem mesmo por profissionais da saúde no atendimento de seus pacientes.

Com devida exceção para os dermatologistas e profissionais da estética.

Atualmente, não existem formas capazes de impedir a formação de radicais livres ou o envelhecimento, mas podemos afirmar que uma alimentação saudável e antioxidante tem influência positiva para mitigar os efeitos de ambos processos. 


Nutricionista, como você conduz essa abordagem com seu paciente?

Faz associação entre pele e alimentação na sua prática clínica? 

Independente da sua área de atuação na nutrição, é fundamental adoção de condutas preventivas e de promoção ao envelhecimento mais saudável, em todos os aspectos.

E não seria diferente quanta à pele, maior órgão do corpo humano!

 

Não deixe de compartilhar estas informações e de acessar nossos outros conteúdos gratuitos!

 

Referência Bibliográfica

Johner K, Neto CF. Análise dos fatores de risco para o envelhecimento da pele: aspectos nutricionais. Brazilian Journal of Health Review [Internet]. Mai 2021 [acesso em 23 Fev 2022].


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